Esvaziei minha cabeça nestes dias. A mente oca também é ocasionalmente necessária. Escrever sobre o quê? Nada me interessava. As palavras, pelo menos para mim, exigem alguma paixão, algum ódio, algum amor, um pouco de complacência, uma intransigência absoluta. Nenhum desses sentimentos me batia por dentro.
Escrevi um rascunho sobre o debate eleitoral dos presidenciáveis. Parti das idéias de Slavo Zizek para indagar se algum candidato tentava arriscar o impossível, como ele propõe ao nosso tempo. Obviamente, o pressuposto era inaplicável em nosso caso. Além disso, não soube como concluir o texto, sou péssimo analista político. Nem sei o qual é o limite entre o possível e o impossível.
Por isso decidi esvaziar a cabeça por uns dias. Fui ao cinema ver O escritor fantasma. Roman Polansky arrasa, como sempre, livre ou preso. Preso na liberdade. Mas o filme me fez bem. Me descobri o próprio fantasma, vazio de palavras. Afinal, conforme sugere Lacan, tentemos lavar um pouco mais nossos miolos. Sugiro a todos uma passagem por essa condição humana:
De Roman Polanski já assisti a "O Último Portal", "Lua de Fel", "O Pianista", "A Morte e a Donzela" e "O Bebê de Rosemary". Ele demonstra que filmes de terror e suspense também podem ter cérebro e coração, algo de que a maioria das produções atuais anda carecendo.
ResponderExcluir(www.expressãoliberta.blogspot.com)
Filminho é sempre bom, inspira. Costumo fazer algo do tipo quando não consigo concluir o que escrevo, acho que ler algo ou ver um filme ou ainda andar por aí nos ajude a transbordar um pouco os pensamentos e nos trazer algo novo.
ResponderExcluirBeijos.
Sem palavras mas ouvidos e olhos bem atentos.
ResponderExcluirSeria possível uma indicação sua de alguns contos para se trabalhar em sala de aula na disciplina de História?
ResponderExcluirimenso abraço