segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Sobre a vaidade 2

Em seu comentário, Marcantonio deixou uma máxima tão precisa sobre o tema do post abaixo que resolvi reproduzí-la aqui. Mas só em estado de supressão do superego, como acontece comid agora, nesta fantástica desglobalizada uma hora da manhã, se pode apreender o seu (b)embolado significado essencial. Ou, como diria Gil: "Abacateiro teu recolhimento é justamente o significado da palavra temporão Enquanto o tempo não trouxer teu abacate Amanhecerá tomate e anoitecerá mamão". Concordam comigo?

"[...]quanto maior é a vaidade de cada um, tanto é maior a sua aplicação: não estudam para saberem, mas para que se saiba que eles sabem; buscam a ciência para a mostrarem; o seu objetivo principal é a ostentação, e assim não é a ciência que buscam, mas a reputação; esta é como as outras, em que o adquirir é mais fácil do que o conservar." (Mathias Aires)

Um comentário:

  1. Se é que eu não fiz a citação por vaidade... Mas, sério, talvez fosse bom identificar para os seus leitores a origem da máxima. Foi extraída do livro Reflexões Sobre a Vaidade dos Homens, do pouco lembrado Mathias Aires. Na obra, o autor analisa (e espicaça) as diferentes formas desse "mal", tendo o cuidado de se incluir também entre suas vítimas. E, claro, ele parte da citação do Eclesiastes.

    Na verdade, acho a vaidade traiçoeira como característica e como tema. Ela é pegajosa, e lidamos com ela tal como se tentássemos nos desvencilhar de uma fita adesiva dupla face: se a descolamos de uma das mãos, ela já se gruda na outra. Enfim, por ela me irritar tanto nos outros é que procuro moderá-la em mim mesmo. Ao menos tento.

    Com admiração,

    Um grande abraço!

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