quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Sob a chuva vermelha

A volumosa chuva sobre o Anhembi na última segunda feira à noite não afastou as dezenas ou centenas de milhares de pessoas presentes no último comício da campanha de Dilma e Mercadante. Eu também estava lá a observar aquela multidão na maioria negra, mulata, pobre, periférica com suas bandeiras agitadas. E enquanto aquela massa compacta se estreitava, cantava e gritava com sincera espontaneidade, tão diferentemente dos blocos comandados de cabos eleitorais comprados pelos partidos sem gente de verdade, eu dialogava com meus demônios imaginários.
E achei bonito o reencontro da nação com sua história, reencarnada no Estado social trabalhista, única via de emancipação do Brasil e do seu povo. Digam o que disserem, evoquem as novas teses subjetivistas, voluntaristas e elitistas da história, proclamem as virtudes do neocapitalismo verdedesign da natura,  permanecerei eu sob essa chuva vermelha.

Um comentário:

  1. A Marina vai flexibilizar as leis trabalhistas
    A Dilma não vai fazer a reforma agraria, urbana e nem passar a jornada de trabalho para 40 horas semanais
    O Plinio não vai revogar o capitalismo com uma canetada

    Só o Serra pode fazer alguma coisa: dar continuidade ao desmanche do Estado, dos serviços públicos, o que nos torna cada vez mais dependentes enquanto nação, retira direitos aos que ja não possuem nada... torna os ricos mais ricos etc etc

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