Ela estava lá pela milésima vez. E pela milésima vez vi ontem a reprise de Elis Regina na TV Cultura. Com uma ponta de saudade, embora em luta contra toda forma de saudosismo, que racionalmente abomino. Sei que nenhum passado é melhor que o presente, nem o contrário. São tempos sempre incomparáveis entre si, só isso. Mas que Elis era melhor, não tenho a menor dúvida. Sobretudo a Elis já refinada pelo tempo, pelo jazz, pela vida e pela cocaína. Aquela capaz de cantar para um futuro redimido, sabendo, do fundo do coração, que ele também seria apenas o palco de um outro tipo de falta. Que esta será a herança inescapável.
sexta-feira, 19 de março de 2010
A herança de Elis
Ela estava lá pela milésima vez. E pela milésima vez vi ontem a reprise de Elis Regina na TV Cultura. Com uma ponta de saudade, embora em luta contra toda forma de saudosismo, que racionalmente abomino. Sei que nenhum passado é melhor que o presente, nem o contrário. São tempos sempre incomparáveis entre si, só isso. Mas que Elis era melhor, não tenho a menor dúvida. Sobretudo a Elis já refinada pelo tempo, pelo jazz, pela vida e pela cocaína. Aquela capaz de cantar para um futuro redimido, sabendo, do fundo do coração, que ele também seria apenas o palco de um outro tipo de falta. Que esta será a herança inescapável.
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Se não me engano este show aconteceu no antigo Teatro Bandeirantes na Av. Brigadeiro Luiz Antonio. Elis já estava se despedindo e passando adiante a utopia. Mas, ó, se ela nos visse hoje!
ResponderExcluirGraças a heranças assim não estou fadada as "10 mais" da minha geração. Não sou saudosista porque não estive lá no tempo de artistas como a Elis, tenho é uma inveja danada rs. Gostei muito do blog, certamente estaria sempre por aqui ligada nas impertinências. Abraço.
ResponderExcluirhttp://compromissocomoacaso.blogspot.com/