terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Ciberportela

Disse Pierre Levy: "O enigma da paz permanece. Decifremos, portanto, o linear A, ou melhor, inventemos a ideografia dinâmica, escrita do futuro, a superlíngua dos coletivos inteligentes. Em vez de tornar mais espessas as fortalezas do poder, refinemos a arquitetura do ciberespaço, o último labirinto. Sobre cada circuito integrado, sobre cada chip, vê-se e não se sabe ler a escrita secreta, o emblema complicado da inteligência coletiva, mensagem irênica dispersa a todos os ventos".
A Portela já desvendou o enigma, por isso, desde já, Ciberportela. Pacífica, pacificada. Com o amparo da polícia das favelas e da fábrica de computadores Positivo. Não importa. Passou linda na avenida a desfilar suas negras e negros de prata conectados à inteligência coletiva. Passou otimista no futuro dos morros pobres de chips espetaculares. Passou como uma águia robótica angelical, contra todos os poderes e portadora de todos os fetiches da mercadoria. 
Esqueçam o post anterior e o curso projetado para discutir os destinos do póshumano. A pósgraduação já não é mais necessária diante do pophumano. A tecnologia do carnaval ultrapassou sua rodagem reta e lenta. Suas ondas cibernéticas dispensam o pensamento linear filosófico, histórico, antropológico, psicanalítico.
Ave, águia da ciberportela.

Nenhum comentário:

Postar um comentário