quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Lennon por ele mesmo

Aos nerds de ontem e de hoje, cultuadores dos ídolos de encomenda terrena, um mito que nunca foi deste mundo:

"...sempre pensei politicamente e contra o status quo. É o básico para quem foi criado como eu, odiando e temendo a polícia como um inimigo natural, e desprezando o Exército por levar todo mundo embora e largar morto em algum lugar. Quer dizer, é apenas uma coisa básica da classe operária, mas começa a desgastar quando a gente fica mais velho, tem família e é engolido pelo sistema. No meu caso, sempre fui político, mas a religiâo tendia a esconder isso na época do ácido; foi aí por volta de 1965 e 1966. E essa religiâo foi resultado direto de toda aquela merda de superastro; a religiâo foi uma válvula de escape para a minha repressâo (...) Satirizo o sistema desde criança (...) Diziam, meio zangados comigo, que eu tinha muita consciência de classe, porque sabia o que acontecia comigo e sabia da repressâo de classe em cima da gente - que merda, era um fato, mas no furacâo dos Beatles isso acabou ficando de fora. Durante um tempo eu me afastei ainda mais da realidade".

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