domingo, 4 de abril de 2010

Disritmia

Hoje não tem texto. Texto exige assunto. E assunto exige movimento, acontecimento, um evento qualquer capaz de quebrar a repetição do mesmo. Neste domingo o mundo parece ter parado.  A Páscoa parou o mundo. Num silêncio que só é quebrado pelo farfalhar das folhas dos ovos de chocolate. 
Em verdade, não há silêncio. Há, sim, muito ruído, muito movimento, eventos demais, só que regidos por certa irregularidade epiléptica, difícil de definir, descrever, caracterizar.
Nos anos 70, Martinho da Vila compôs uma canção denominada Disritmia. Gostava demais dessa música, agora regravada por Zeca Baleiro com um arranjo igualmente disritímico. Linda, linda, que deixo para quebrar o silêncio e o ritmo de vocês:

Um comentário:

  1. Comentário para ontem:
    Queria falar sobre esse não sei que capaz de nos conectar, apesar de todas as diferenças. Vendo as suas palavras, me vi e por caminhos tortos me senti humana (?!). Em algum lugar compartilho com alguém essa “humanidade” traduzida em disritmia, desassossego. Nessas horas difíceis, sem deus e sem diabo, parece que a onda vem menos grande quando sentimos que “cada homem é sozinho e casa da humanidade”.
    (...)
    senhor capitão
    tirai este peso
    do meu coração.
    (...)
    peso mais pesado
    não existe não.
    ah, livrai-me dele,
    senhor capitão!

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