sábado, 9 de janeiro de 2010

Les sans-papiers: a revoluçao francesa continua

Decidi: nao vou ao Louvre. Prefiro adorar sua arte sagrada pela internet sem pagar um euro a mais. Em vez disso, seguirei a manifestaçao dos sans-papiers, hoje.
O ponto de partida é a rue Baudelique, de onde sairá a passeata organizada pelo Ministere de la regularisation de tous les sans-papiers. A palavra ministério, neste contexto, nao significa iniciativa estatal. Trata-se de uma organizaçao de natureza sindical. O lema do movimento é: "J'y suis, j'y reste. Je ne partirais pas".
Nao entendo porque turistas e historiadores culturais cultuem tanto a morte. Ao contrário deles, a vida me atrai, a história em conexao com o presente, a arte das ruas, as barricadas atuais, os miseráveis contemporâneos, os mistérios de agora, os subterrâneos da Paris em 2010.
Gosto, evidente, de Victor Hugo, Eugene Sue e de Bauderaire, assim como aprecio Leonardo da Vince e Renoir, mas desde que me sirvam de inspiraçao para viver a vida em seu transcurso real. E nao viver a vida de Manoel Carlos.
Que pena! Justamente quando as tribos africanas sem lenço e sem documento se concentravam às portas da nova bastilha, a bateria do celular descarregou. Nao pude fotografar a manifestaçao que seguirá aqui sem imagens.
Tolice. As palavras podem ser mais eloquentes.

Um comentário:

  1. Caro,
    nao consigo falar em seu celular. Que pasa? Foste abdusido??¿¿¿Mande noticias.
    besos

    ResponderExcluir